Categorias
Uncategorized

Temas Contemporâneos do Direito – Vol. 1

Temas Contemporâneos do Direito - Vol. 1

Organização:
Bruno de Almeida Lewer Amorim
Luciana Calado Pena

A partir da segunda metade do século XX, o mundo testemunhou avassaladoras transformações tecnológicas que culminaram em uma verdadeira revolução na forma como se produz, se dissemina e se consome informação. Não por acaso a revista norte-americana Time elegeu como “Personalidade do Ano” de 2006: “você”. Essa é uma clara e criativa alusão à descentralização na produção e disseminação de conteúdos promovida por veículos inovadores de compartilhamento de mensagens e vídeos, como blogs, comunidades virtuais e o YouTube.

O Direito, enquanto regulador dos fenômenos sociais, se viu então diante de novos e crescentes desafios, seja no âmbito da criação, seja no âmbito da hermenêutica e da aplicação das leis. E mais. As mudanças provocadas pelas novas tecnologias que permitiram essa rápida e descentralizada disseminação de informação também trouxeram desafios no âmbito da formação dos estudantes de Direito. Como fomentar um aprendizado crítico, atual e consistente em um mundo de mudanças tão rápidas e bombardeado por tanta informação? As redes sociais, por exemplo, permitiram a comunicação praticamente instantânea de ocorrências em qualquer parte do planeta, bem como a disseminação imediata das mais diversas opiniões e análises, antes majoritariamente restritas a alguns poucos veículos de comunicação controlados por algumas emissoras e concessões de rádio e televisão.

Esse admirável mundo novo vem impondo a todos – estudantes, advogados, professores, servidores públicos – mudanças drásticas na forma de pensar, ensinar e aplicar o Direito. Pensando nisso, a Faculdade Presidente Antônio Carlos de Nova Lima, por intermédio de sua Direção Acadêmica e da Coordenação do seu Curso de Direito, organizou e coordenou a presente coletânea de artigos, proveniente do aprofundamento de temas debatidos em semanas jurídicas e eventos, bem como das discussões promovidas entre professores e alunos da Instituição, relacionados ao Direito na contemporaneidade, esperando que seja apreciada por toda a comunidade acadêmica e que agregue aos seus debates atuais.

Bruno de Almeida Lewer Amorim

Diretor Acadêmico da FUPAC Nova Lima

 

Luciana Calado Pena

Coordenadora do Curso de Direito da FUPAC Nova Lima

Categorias
Uncategorized

VENDA DE TERRAS A ESTRANGEIROS: uma análise sobre vedações e limites frente ao cumprimento da legislação ambiental

VENDA DE TERRAS A ESTRANGEIROS: uma análise sobre vedações e limites frente ao cumprimento da legislação ambiental

Autor:
Rafael Rocha Teixeira

O Brasil, com sua vasta riqueza natural e desafios socioambientais, enfrenta um cenário complexo quando se trata da posse de terras e da proteção ambiental. A crescente demanda global por alimentos e energia, somada à concentração fundiária e aos conflitos agrários, evidencia a complexidade do tema.

Neste livro, o autor analisa a venda de terras a estrangeiros, uma questão que suscita intensas discussões sobre soberania nacional, proteção ambiental e desenvolvimento sustentável. A obra investiga se a imposição de vedações e limites à aquisição ou ao arrendamento de imóveis rurais por estrangeiros constitui uma medida estrategicamente adequada para assegurar o cumprimento da legislação ambiental.

Diante de um contexto marcado por tragédias ambientais e desafios jurídicos, esta análise aprofundada busca promover uma reflexão essencial sobre a flexibilização normativa e o equilíbrio entre os pilares econômico, social e ambiental. Com uma abordagem holística, o livro propõe caminhos para um Brasil mais sustentável e protegido, com vistas à justiça intergeracional.

Categorias
Uncategorized

A Atuação das Universidades no Procedimento Extrajudicial da Lei do Superendividamento (Lei N° 14.181/2021)

A Atuação das Universidades no Procedimento Extrajudicial da Lei do Superendividamento (Lei N° 14.181/2021)

Organizadora e Coordenadora:
Érica Guerra da Silva
Tutor:
José Carlos Cardozo
Colaborador:
Klever Paulo Leal Filpo

Esta pesquisa analisa a atuação das universidades no tocante ao procedimento extrajudicial previsto na Lei 14.181/2021, que se destina a prevenir e tratar o superendividamento no Brasil. Apresenta-se, com isso, as causas e consequências do fenômeno e a importância da Lei do Superendividamento, responsável por atualizar o Código de Defesa do Consumidor, introduzindo um sistema bifásico de tratamento das dívidas: preventivo e judicial. São abordadas, de forma exemplificada, as consequências do endividamento excessivo e a importância do conceito de mínimo existencial. Analisa-se ainda o relevante papel das universidades na prevenção e tratamento do superendividamento, com destaque para as iniciativas em colaboração com órgãos públicos e outras entidades. Utilizou-se da metodologia do tipo bibliográfico-documental qualitativa, consistindo, principalmente, na leitura de doutrinas nacionais e de material disponível em sítios da internet. Os resultados indicam que as universidades contribuem de maneira significativa por meio de orientação jurídica, orientação econômica e apoio psicológico, promovendo uma abordagem multidisciplinar essencial para enfrentar o superendividamento.

Categorias
Uncategorized

Revista de Direito Mercantil 188

Revista de Direito Mercantil 188

Artigos e Atualidades:

1. Disciplinando a Economia da Informação – Análise do Data Act da UE como uma Estratégia Brasileira para o Desenvolvimento da Internet das Coisas (Carlos Portugal Gouvêa, Michelle Baruhm Diegues).

2. Qual Bem-Estar do Consumidor? Um Objetivo sem Significado (Rodrigo Fialho Borges, Gustavo Manicardi Schneider).

3. A Recuperação Judicial é um Processo Coletivo Estrutural? (Luis Miguel Roa Florentin, Adriano Camargo Gomes).

4. A Guinada Verde do Direito Societário (Maria Eduarda Lessa).

5. Natureza Jurídica do Evento Material Adverso: Alocação de Riscos como Critério para Extinção do Contrato (Pedro Sergio Liberato Souza).

6. Direito Concorrencial em Plataformas Digitais: Ressignificando o Debate entre Fake News e o Antitruste (Stella Maria Margarita La Regina).

7. Personalidade Jurídica: Uma Dimensão Esquecida da Disciplina Jurídica dos Mercados? (Luiz Guilherme Ros, Arthur Sadami).

8. Aplicação da Affectio Societatis na Dissolução em Sentido Amplo nas Sociedades Limitadas e Anônimas: Análise Teórica e Jurisprudencial (Thales Solis Farha).

9. A Sociedade de Propósito Específico e seu Patrimônio de Afetação na Recuperação Judicial (Giulia Ottani Gonçalves).

10. Processo Administrativo Sancionador nos Órgãos Supervisores do Sistema Financeiro Nacional Brasileiro (Thiago da Cunha Brito).

11. A Dualidade dos Interesses Sociais das Estatais e os Limites na Persecução dos Interesses Públicos pelo Estado (Levi Custódio Santos).

Categorias
Uncategorized

A Criminalização da Homotransfobia Pelo STF – Crítica à Decisão da ADO Nº 26

A Criminalização da Homotransfobia Pelo STF – Crítica à Decisão da ADO Nº 26

Autor:
Samuel Rivetti Rocha Balloute

A presente obra realizou detalhado exame crítico da decisão do STF na ADO nº 26, que criminalizou por provimento jurisdicional a homotransfobia. A análise efetuada centrou-se majoritariamente no aspecto jurídico-penal, à luz da Constituição da República e dos princípios e normas que regem o Direito Penal. Objetivou-se demonstrar, de forma minuciosa, a completa teratologia da decisão, que violou não apenas a Carta Magna, mas também a legislação brasileira, a principiologia do Direito Penal e a competência dos demais Poderes da República.

Sabe-se que o tema discutido é polêmico, envolvendo fortes emoções de amplos setores sociais. Não obstante, seu enfrentamento se faz necessário, já que é apenas por meio da crítica que se consegue qualificar o debate de forma a se construir uma visão mais abrangente sobre o assunto.

O texto se desenvolve de maneira cronológica e lógica. O primeiro capítulo resumiu o acórdão e condensou os principais argumentos utilizados pelos ministros para justificar a criminalização da homotransfobia por meio de provimento jurisdicional. O segundo capítulo expôs minuciosamente os fundamentos teóricos que embasaram a crítica à decisão, abordando os princípios e normas que regem o Direito Penal, esclarecendo suas origens e sua função no ordenamento jurídico brasileiro e em um Estado Democrático de Direito.

O terceiro capítulo constitui o cerne da obra, já que é nele que a crítica propriamente dita à decisão é desenvolvida. Os fundamentos do acórdão foram detalhada-mente esquadrinhados e criticados, demonstrando-se sua total inadequação, confrontando-os com os princípios e regras que regem o Direito Penal e com o que preceitua a Constituição e as Leis.

O quarto capítulo analisou a decisão sob o aspecto do Direito Constitucional, abordando a previsão e o regramento legal e constitucional da ADO e trazendo também a visão doutrinária sobre este instituto, demonstrando sua origem, seu procedimento e sua finalidade, de forma a atestar as diversas irregularidades cometidas no julgamento sob essa perspectiva.

Por fim, o último capítulo realizou uma breve reflexão crítica sobre o atual papel que o STF vem exercendo no país, suas virtudes e seus limites. Abordou-se, por um viés reflexivo, a proeminência que o Tribunal vem exercendo no país, bem como sua (i)legitimidade para tomar determinadas decisões que, historicamente, caberiam à população deliberar.

Categorias
Uncategorized

Estudos de Direito Penal – Parte Geral

Estudos de Direito Penal – Parte Geral

Organizadora:
Gabriela Maciel Lamounier

Esta coletânea é um convite para uma jornada crítica e reflexiva sobre alguns temas no Direito Penal brasileiro (parte geral).

Os temas escolhidos pelos autores desafiam a justiça e a sociedade contemporânea, alertando para o poder estigmatizante do sistema penal, pela abordagem controversa que possuem.

Há uma análise geral dos alicerces que sustentam o sistema jurídico, garantindo a proteção da dignidade humana, e até mesmo dilemas contemporâneos, éticos e sociais.

Cada capítulo desta coletânea instiga o debate, uns desvendando instrumentos da justiça restaurativa, outros buscando um olhar humanizado que conciliem proteção social e dignidade individual. São temas que exigem não apenas análise jurídica e interpretação legal, mas também reflexão social e ética.

Esta é uma leitura essencial para juristas, estudantes e todos aqueles que se interessam pela justiça e pela sociedade.

Categorias
Uncategorized

Mulheres em Restrição de Liberdade: A Percepção das Recuperandas na Apac Feminina de Belo Horizonte/MG

Mulheres em Restrição de Liberdade: A Percepção das Recuperandas na Apac Feminina de Belo Horizonte/MG

Autor:
Marcelo Augusto Lucas Pereira

Esta obra tem o objetivo de investigar a eficiência do método APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) na recuperação e reinserção social de mulheres condenadas à pena privativa de liberdade. Através de um estudo das correntes e vertentes criminológicas como a Escola Clássica de Criminologia, a Criminologia Positivista, a Criminologia Crítica e o labeling approach, e a Criminologia Feminista, é possível elucidar as origens das prisões, compreender as funções da pena privativa de liberdade e assimilar a organização do sistema prisional, sobretudo acerca da população carcerária feminina.

O método APAC é um modelo de cumprimento de pena privativa de liberdade alternativo à prisão convencional que proporciona um preparo adequado para a prevenção de novos crimes, de modo que as expectativas para a futura liberdade são positivas. Contudo, há necessidade de aprimoramento da estrutura e dos procedimentos internos da APAC em relação à assistência jurídica, às oportunidades de capacitação profissional e de trabalho e às demandas próprias das mulheres em privação de liberdade, especialmente para a manutenção dos laços de maternidade. Portanto, o método APAC tem logrado êxito no que diz respeito ao cumprimento de pena humanizado e à valorização da dignidade e dos direitos humanos, mas o aperfeiçoamento das assistências avaliadas negativamente pode levar não só a resultados ainda melhores para a reintegração efetiva dessas mulheres à sociedade, mas também à consequente redução do encarceramento, o que favorece, ademais, a expansão do método como política pública penitenciária.