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Intranscendência Penal e Jogos de Linguagem: Os Efeitos Metajurídicos Das Prisões Preventivas Sobre Terceiros

Intranscendência Penal e Jogos de Linguagem:
os efeitos metajurídicos Das Prisões Preventivas Sobre Terceiros

Autor
Leandro Barbosa da Cunha

É extremamente difícil produzir uma obra tão inovadora sobre um tema que já não se discute muito como o da intranscendência penal. Afinal, não se tem mais dúvidas de que a pena não pode passar da pessoa do condenado. Contudo, o autor consegue o feito de não apenas rever o instituto como também de criticá-lo através de uma base filosófica refinada que se ancora, principalmente, na teoria dos jogos de linguagem do filósofo austríaco Ludwig Wittgstein. O leitor perceberá, tão logo, que se trata de um trabalho de exuberante maturidade, no qual o autor apresenta suas premissas científicas e metodológicas para adentrar em uma complexa intersecção entre a linguagem, as normas jurídicas e a realidade – o que é feito com um domínio incomum sobre os temas. Na primeira metade do trabalho, pode-se perceber a potência e profundidade da obra, que nos introduz ao pensamento de importantes filósofos da linguagem e da hermenêutica para nos brindar com uma chave para a leitura da realidade carcerária brasileira. Já na segunda metade, a obra traz um rigoroso método de pesquisa jurisprudencial, mas também humaniza o trabalho por meio de entrevistas com pessoas reais, que sentem na pele o problema que o autor se propôs a pesquisar: os efeitos metajurídicos da prisão preventiva. Conhecer a realidade é o primeiro passo para transformá-la. É necessário aliar o conhecimento teórico e a ação, de modo que a vida prática não pode ser desprovida de espírito, tampouco a vida espiritual ser desprovida de prática. A grande lição que perpassa toda a obra é a de que ninguém muda aquilo que ignora. Yuri Coelho Dias, Mestre em Direito Penal, Advogado e Professor do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF)

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Filosofia Do Direito Privado

Filosofia do Direito Privado - Ensaios sobre a justificação nos contratos a partir da obra de Peter Benson

Organizadores
Fábio Queiroz Pereira
Leandro Martins Zanitelli
Henry Colombi

A presente obra é resultado da disciplina “Filosofia do Direito Contratual”, ofertada no primeiro semestre letivo de 2021 junto ao Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGD/UFMG). Na oportunidade, as análises e os debates foram conduzidos a partir da leitura do livro “Justice in Transactions”, do jurista canadense Peter Benson. Benson apresenta uma teoria do contrato com fundamentos diversos das visões dominantes encontradas na Common Law, quais sejam aquelas embasadas no discurso econômico ou na moralidade promissória. O autor sustenta uma concepção normativa de contrato, atenta à necessidade de estabilidade do sistema e à concretização da justiça corretiva. O instituto é então compreendido como uma transferência de propriedade (ownership) e, nesta proposta, reside a sua base pública de justificação. Os artigos ora apresentados refletem as atividades de investigação dos discentes participantes da disciplina e revelam caráter transversal e interdisciplinar. São produções científicas que se vinculam diretamente ao projeto de pesquisa “Direito Civil na Interdisciplinaridade”, desenvolvido no âmbito da linha de pesquisa “História, Poder e Liberdade” do PPGD/UFMG. Por meio de aportes teórico-filosóficos, busca-se repensar contornos da dogmática de direito civil, notadamente daqueles conexos ao fenômeno contratual. Em razão do caráter recente da obra “Justice in Transactions” de Peter Benson e do intenso debate já gerado no âmbito internacional, espera-se, por meio da presente coletânea de artigos, introduzir no contexto brasileiro importantes debates e propiciar a construção de futuros diálogos e reflexões no campo do direito contratual, reforçando e construindo novas redes de pesquisa. Fabio Queiroz Pereira, Leandro Martins Zanitelli e Henry Colombi

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Passos E Descompassos

Passos e descompassos

Autora
Tamilsy Teixeira Casalechi

Simplesmente Poesia

Minhas poesias são simples; simples como a própria vida, mas nelas estão contidos todos os meus sofrimentos, minhas desilusões.
Assim como a vida não deixa de existir e que não morre quando envelhece, meus sentimentos não deixam de habitar o meu eterno coração sonhador.

A poesia é um pedaço da minha vida, pois nela estão presentes todos os passos e descompassos. Ela é como a lágrima que derrama os seus sentimentos amargos, lavando as impurezas expostas pelo tempo.

Nessas mesmas poesias encontramos a presença da natureza, porque é através dela que nós conseguimos expor os legítimos pensamentos, sendo assim mais concretos.

O vento carregou minhas tristezas para qualquer lugar remoto. Agora eu pressinto uma brisa percorrendo o meu corpo, suado pelas dores ocultas. O dique não aguentou e arrebentou, levando minhas alegrias nas enxurradas da vida.

Num dia distante, as janelas da esperança resolveram se abrir para mim. Esta mesma vida confundida com poesia, se transformou em sonetos de tranquilidade. Os versos da esperança foram aos poucos dividindo as estrofes do perdão.

Foi dessa forma que eu pude compreender que eu amanhecia com a poesia entrando no meu quarto, como que querendo me despertar para a vida cheia de anseios.

Foi assim que me tornei uma poetisa do amor, escrevendo sentimentos que pertenciam a minha própria vida.

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As tragédias de Mariana e Brumadinho

As tragédias de Mariana e Brumadinho: danos existenciais e responsabilidade civil

Autora:
Roberta Salvático Vaz de Mello

O trabalho visa discutir a reparação civil dos danos em massa provocados pelo rompimento das barragens de rejeitos de minério de ferro em Mariana e em Brumadinho, e as funções da responsabilidade civil. Foram usados como referenciais teóricos os seguintes autores: Cristina Serra; Lucas Ragazzi e Murilo Rocha; Adriano de Cupis; Anderson Schreiber; Teori Zavascki; e Nelson Rosenvald, tendo o estudo se desenvolvido a partir do método dedutivo. Assim, após a contextualização e relato dos danos causados em virtude do rompimento das barragens, passou-se a reflexão dos pressupostos de aplicação da responsabilidade civil, abordando-se a conduta, destacando a atividade de risco em razão da atividade mineratória e o ato ilícito; o dano e seu alargamento, tanto os danos patrimoniais (danos emergentes, lucros cessantes, e perda de uma chance), quanto os danos extrapatrimoniais (enfatizando os danos morais, existenciais e estéticos); e o nexo de causalidade e sua flexibilição, bem como os tipos de responsabilidade civil existentes no ordenamento jurídico brasileiro. Feito isso, passou-se ao estudo dos danos coletivos; da tutela coletiva dos direitos / interesses jurídicos; e da tutela processual coletiva, momento em que se discutiu a aplicação dos punitive damages na Ação Civil Pública. Destarte, a tese passou a análise das funções da responsabilidade civil, discutindo as funções compensatória, punitiva e precaucional. Feito isso, na conclusão, denota-se a importância da função precaucional da responsabilidade civil para se evitar danos como os decorrentes do rompimento das barragens de Fundão e B-I, tendo em vista que a função compensatória e punitiva da responsabilidade civil não se mostra suficiente quando se trata de danos em massa, havendo a necessidade de se prevenir os riscos certos e precaver os riscos incertos.

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Ciências Jurídicas

Desafios Do Direito Na Contemporaneidade​

Desafios do Direito Na contemporaneidade

Organizadoras:
Gabriela Maciel Lamounier
Luciana de Castro Bastos
Renata Lourenço Pereira Abrão

Uma obra cujo título é “desafios do Direito na contemporaneidade” já demonstra, apenas com isso, sua extrema atualidade e utilidade.

Os avanços tecnológicos ocorridos especialmente na última década, influenciaram – e continuarão influenciando – radicalmente a prestação de serviços jurídicos, o que, por sua vez, implica muitas dúvidas sobre qual o papel dos profissionais da área diante desta nova realidade.

Por outro lado, esta mesma realidade traz a necessidade de respostas a perguntas cada vez mais complexas, além de uma sensação de urgência típica de momentos históricos marcados por significativas mudanças.

Não se deve, porém, imaginar um mundo cuja atividade jurídica seja prestada sem a atuação da inteligência humana. Não é este o futuro que se vislumbra.

Ao contrário, lidar com estas novas ferramentas exige cada vez mais preparo de profissionais, os quais serão essenciais para harmonizar estes novos recursos com a fundamental ideia de justiça – inerente ao Direito desde suas mais remotas manifestações – especialmente em um país cujo ordenamento se pauta pela democracia e pela busca incessante por justiça social.

Os textos contidos neste livro mostram que, sim, há sérios estudos sendo realizados na doutrina nacional, os quais abordam, cada qual à sua maneira, estes inquietantes temas na busca incessante por respostas ou, ao menos, pelo contínuo debate e construção de soluções.

Eduardo Goulart Pimenta

Doutor  e Mestre em Direito Empresarial  – UFMG 

Professor  Associado de Direito Empresarial  na UFMG

Professor  Adjunto da Faculdade de Direito da PUC/MG 

Procurador  do Estado de Minas Gerais 

Consultor  e árbitro

 

 

 

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Orientação Profissional e Gestão de Carreira

Orientação Profissional e Gestão de Carreira: relato de experiências vivenciadas com adolescentes

Organizadora:
Tamilsy Teixeira Casalechi

Os alunos do curso de Psicologia das cidades de Itabirito-MG e Altamira-PA, na disciplina de Orientação Profissional e Gestão de Carreira, realizaram uma pesquisa de campo em escolas de ensino particular e pública dessas cidades. Primeiramente eles aplicaram um questionário contendo várias perguntas sobre a escolha profissional como forma de conhecer um pouquinho a respeito das expectativas desses jovens. Posteriormente, foram marcados encontros com eles para realizarem o trabalho de Orientação. Devido à pandemia do Covid-19, alguns encontros tiveram que ser virtuais, outros presenciais, de acordo com as regras das escolas. Após esses encontros, os alunos do curso de Psicologia tiveram a oportunidade de vivenciar uma prática de orientação e ainda ajudaram muitos estudantes a conhecer outras profissões e fazer uma escolha mais acertada. Foi um desafio lançado por mim logo nos primeiros dias de aula. Confesso que meus alunos ficaram bem assustados com a proposta e com o desafio. Cheguei a pensar que não daria certo, mas alguns alunos responderam muito bem a minha ideia è sentiram que seria algo que acrescentaria muito na vida deles. O resultado não poderia ser diferente. Meus alunos se empenharam demais e conseguiram resultados diferenciados e compreenderam que educação se faz na prática, que precisamos de teoria sim, mas acima de tudo, é necessário vivenciar o que se fala e o que se ouve. Acredito que não foi fácil nem para eles e nem para mim, mas o mais relevante de tudo é quando nos deparamos com os resultados satisfatórios e descobrimos que muitos jovens foram auxiliados com esse trabalho. Isso é gratificante e saber, também, que meus alunos do curso de Psicologia vivenciaram uma prática inesquecível e que aprenderam muito. Professora Tamilsy Casalechi